A idade chegou.
Querendo ou não a idade chega. Chega para mostrar se melhoramos, se aprendemos ou não...
Eu aprendi muito... Aprendi a decifrar gestos e olhares.
Estávamos começando na mesma empresa. Turmas diferentes. Ela uma menina. Eu um homem. Meninas nunca me atraíram. Nunca me chamaram a atenção. Sempre pensei que meninas mais novas eram chaves de cadeia. Mas ela passava por mim e seus olhos mergulhavam nos meus. Era algo assim muito rápido. Ela olhava e não sustentava o olhar. Diferente de mim. Sempre olhei firme e nunca desviei meus olhos. Ela passava e olhava e saia. Passava olhava e saia.
Sempre fui um homem discreto. Jamais dei chance para que pudesse levar um fora de alguma menina ou mulher. Nunca dei minha cara a tapa. Sempre busquei certezas antes de me arriscar. Com aquela menina não seria diferente. Uma coisa eu aprendi e não esqueço, mulher é algo imprevísivel. Quando você pensa que tem ela sobre seus domínios e ela que está te dominando.
Como sempre, não faria nada até ter a certeza. O que eu fazia, era me aproximar, cercar sem contato. Ela passava e olhava no fundo dos meus olhos. Não posso dizer que ela era uma mulher bonita. Deveria ter entre 19 e 20 anos. Não era uma mulher ainda. Uma menina crescida. Mas a maneira como ela me olhava me deixa nervoso e sem graça. Fui cercando, cercando até que um dia nos esbarramos no corredor. Foi inevitável o contato. Ela me olhou, sorriu e pediu desculpas. Disse que andava meio distraída. Eu me fiz de rogado e disse que a culpa era minha.
- Tenho visto você sempre sozinha, não tem amigos aqui na empresa?
- Ah sou nova aqui e ainda não me enturmei. Mas sempre te vejo sozinho também.
- Não sou de me enturmar. Gosto de ficar mais na minha. Olhar, observar...
- Hum... Entendi... Bem então não vou tomar seu tempo. Vou deixar você observar mais.
- Estou indo tomar um café! Você quer?
Ela aceitou prontamente.
Fomos caminhando e eu pude olhar cada vez mais para aquela menina. O rosto é angelical. Tinha a pele branca. Os cabelos eram bem cacheados e negros. Tinha os lábios bem torneados. Olhos envolventes...
- Quantos anos você tem?
- 25 anos.
- Mesmo? Parece tão menina. Pensei que tivesse uns dezenove anos.
- Não. Já fui noiva, engravidei, abortei... Tenho uma história já.
- Ninguém diz isso olhando pra você.
- Como dizem; as aparências enganam.
Assim começamos uma amizade. Almoçávamos juntos, café juntos, saíamos juntos. O que era simples, começou a ficar inevitável. Devagar foi-se criando a necessidade de estar e aquela que para mim era uma menina foi se transformando em uma mulher. Uma mulher madura e vivida. Vi isso em seus olhos e quis me enganar. O jogo de sedução foi ficando mais forte, fomos devagar nos envolvendo. Sabendo cada vez mais um do outro. Ela me fazia voltar a ser um garoto... Começou a se transformar em uma linda mulher...
Querendo ou não a idade chega. Chega para mostrar se melhoramos, se aprendemos ou não...
Eu aprendi muito... Aprendi a decifrar gestos e olhares.
Estávamos começando na mesma empresa. Turmas diferentes. Ela uma menina. Eu um homem. Meninas nunca me atraíram. Nunca me chamaram a atenção. Sempre pensei que meninas mais novas eram chaves de cadeia. Mas ela passava por mim e seus olhos mergulhavam nos meus. Era algo assim muito rápido. Ela olhava e não sustentava o olhar. Diferente de mim. Sempre olhei firme e nunca desviei meus olhos. Ela passava e olhava e saia. Passava olhava e saia.
Sempre fui um homem discreto. Jamais dei chance para que pudesse levar um fora de alguma menina ou mulher. Nunca dei minha cara a tapa. Sempre busquei certezas antes de me arriscar. Com aquela menina não seria diferente. Uma coisa eu aprendi e não esqueço, mulher é algo imprevísivel. Quando você pensa que tem ela sobre seus domínios e ela que está te dominando.
Como sempre, não faria nada até ter a certeza. O que eu fazia, era me aproximar, cercar sem contato. Ela passava e olhava no fundo dos meus olhos. Não posso dizer que ela era uma mulher bonita. Deveria ter entre 19 e 20 anos. Não era uma mulher ainda. Uma menina crescida. Mas a maneira como ela me olhava me deixa nervoso e sem graça. Fui cercando, cercando até que um dia nos esbarramos no corredor. Foi inevitável o contato. Ela me olhou, sorriu e pediu desculpas. Disse que andava meio distraída. Eu me fiz de rogado e disse que a culpa era minha.
- Tenho visto você sempre sozinha, não tem amigos aqui na empresa?
- Ah sou nova aqui e ainda não me enturmei. Mas sempre te vejo sozinho também.
- Não sou de me enturmar. Gosto de ficar mais na minha. Olhar, observar...
- Hum... Entendi... Bem então não vou tomar seu tempo. Vou deixar você observar mais.
- Estou indo tomar um café! Você quer?
Ela aceitou prontamente.
Fomos caminhando e eu pude olhar cada vez mais para aquela menina. O rosto é angelical. Tinha a pele branca. Os cabelos eram bem cacheados e negros. Tinha os lábios bem torneados. Olhos envolventes...
- Quantos anos você tem?
- 25 anos.
- Mesmo? Parece tão menina. Pensei que tivesse uns dezenove anos.
- Não. Já fui noiva, engravidei, abortei... Tenho uma história já.
- Ninguém diz isso olhando pra você.
- Como dizem; as aparências enganam.
Assim começamos uma amizade. Almoçávamos juntos, café juntos, saíamos juntos. O que era simples, começou a ficar inevitável. Devagar foi-se criando a necessidade de estar e aquela que para mim era uma menina foi se transformando em uma mulher. Uma mulher madura e vivida. Vi isso em seus olhos e quis me enganar. O jogo de sedução foi ficando mais forte, fomos devagar nos envolvendo. Sabendo cada vez mais um do outro. Ela me fazia voltar a ser um garoto... Começou a se transformar em uma linda mulher...
Bonita história!
ResponderExcluirGostei do "rosto angelical" rs
Não demore a postar...Estou sempre por aqui.
Abraço!
É... A idade chega, e c/ela TBM algumas surprezas.
ResponderExcluirO melhor da vida, aliás.
Envolvente e puro. Gostei!
abç
Bela história
ResponderExcluirenvolvente
Conte mais sobre ela...
Aninha
Acho magnífica essa sua força de tornar-se produtor dos seus próprios livros, de ter uma oficina própria, e ultrapassou as dificuldades como escritor, assim como muitos artistas encontram, ao quererem mostrar o seu trabalho.
ResponderExcluirInfelizmente, em muitos países (Brasil principalmente), não é dado o valor e incentivo que deveriam dar a arte.
Parabéns!
Sou apenas uma pessoa "normal", portanto talvez a minha opinião não conte, mas digo na mesma, que gosto imenso do seu trabalho.
Continue!
;)
Aninha