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sexta-feira, 5 de março de 2010

DONA CATARINA

Dona Catarina era uma dessas coroas cinquentona que passava a perna em muita menina de 20 anos. Loira de cabelos lisos, seios avantajados, abusava dos decotes e sempre com as belas pernas de fora. Mal o dia começava e lá ia Catarina como gostava de ser chamada, na padaria. Sempre elegante em cima dos seus tamancos de madeira, nunca se viu Catarina sem maquiagem, sem perfume, sem sua saia jeans e suas blusas gentilmente decotadas. Apesar da aparência apelativa, Catarina era uma mulher que não permitia saliências. Era discreta. Viuva e mãe de duas meninas já criadas e morando no exterior, se dava ao luxo de sexta-feira a noite ir ao baile da terceira idade. dançarina de primeira, ainda causava ciúmes nas outras mulheres. Pela exuberância, pela simpatia, por dançar bem. Os homens queriam dançar a todo custo com ela. Catarina não queria saber. Seu coração e pensamento estavam voltados para o Carteiro Seu Juarez. Um solteiro convicto, religioso com 45 anos ainda morava com a sua mãe Dona Isaura. Mulher de hábitos rigorosos. Ia rigorosamente na missa todos os dias e era amississíma de Catarina que por sua vez, arrastava um caminhão pelo seu filho.
Todas as terças e quintas feiras que ela sabia que Juarez passava para entregar as cartas, posicionava-se na janela exibindo o belo par de tetas. Juarez sério que era, mal se continha. As bocas daquela pequena cidade falavam que ele ainda era virgem. Assim que via Catatina na janela, começava a suar. Um dia, sem querer ou querendo, torceu o pé bem na porta da casa de Catarina que prontamente se ofereceu para ajudá-lo convidando para entrar. Acomodou-o confortavelmente na poltrona, tirou-lhe as botas e num gostoso escaldapé, massegou-lhe os pés. Ela sentava em um banquinho à sua frente, deixava aberta a visão dos seios. Juarez não sabia se olhava os seios, se relaxava na massagem ou se aproveitava dormir. Dormiu.
Catarina secou-lhe gentimente os pés enquanto o marmanjo ressonava. Pé ante pé, foi até o quarto e pensou em algo que pudesse atraí-lo para lá. Colocou alguns fracos de remédio no chão, acendeu uns incensos do amor e começou a gritar. Juarez prontamente veio assustado e encontrou Catarina na cama gemendo de dor. Pernas à mostra e pés nus, apertava o tornozelo simulando uma queda:
- Juarez fui apanhar um remédio no guarda-roupa e acabei como você torcendo o tornozelo. Senta aqui e faz uma massagem pra mim!
- Dona Catarina, isso não é uma boa idéia.
- Vem Juarez, eu estou pedindo. Tá doendo demais. Vem, senta aqui. E apontou para a enorme cama. Juarez timido que era e plenamente obediente aos desejos das mulheres. Sentou e começou massagear o tornozelo de Catarina que já estava entregue. Devagar Juarez foi subindo as mãos pelas pernas e coxas de Catarina que baixinho suspirava de prazer. Sentia o suor escorrendo pelo rosto. Coração acelerado, respiração descontrolada não conseguia mais resistir e quando finalmente ia tocar o sexo voraz de Catarina, ouviu alguém batendo na porta de entrada. Pela força e pela voz rouca, pode perceber que era sua mãe:
- Catarina sua labisgoia, manda meu filho sai dai de dentro. Eu sei que ele está aí...
Juarez deu um pulo e caiu em cima de Catarina que o empurrou-o jogando-o no chão. Não sabiam o que faziam. Catarina tentou se recompor e jogou Juarez para dentro do banheiro, ligou o chuveiro, tirou a roupa e começou a tomar banho. Juarez olhava tudo sem piscar. Viu pela primeira o belo corpo de Catarina. A pele branca, as curvas bem torneadas, joelhos, sexo, seios de bicos rosados. Estava paralisado enquanto ouvia sua mãe bater desesperada na porta. Dona Isaura conhecia bem as investidas de Catarina. Na verdade a cidade toda sabia...
Catarina paciente enrolou-se em uma toalha branca e saiu. Cabelos molhados, água ainda escorrendo. Foi até a sala abriu a porta e começou a falar com Isaura:
- O que você quer? Seu filho não está aqui e se tivesse seria bom demais. Ele é adulto já Isaura.
- Você para de dar em cima do meu filho. Eu sei que ele está aí sim. Dona Filomena da paróquia viu ele entrando na sua casa!
- Aquela mulher é louca e gaga além de ser cega.
- Pois me deixa entrar. Juarez, Juarez meu filho.
Catarina tinha esquecido das botas e a da sacola do Juarez. Quando Dona Isaura olhou para dentro logo reconheceu as botas do filho. Empurrou Catarina com força e entrou.
- O que é isso daqui Catarina? Você agora calça 43 e é carteira?
Dona Isaura descontrolada entrou casa adentro e encontrou o filho paralisado no banheiro.
- Meu filho o que essa mulher fez com você meu filho!?
...

quinta-feira, 4 de março de 2010

OLHARES

A idade chegou.
Querendo ou não a idade chega. Chega para mostrar se melhoramos, se aprendemos ou não...
Eu aprendi muito... Aprendi a decifrar gestos e olhares.
Estávamos começando na mesma empresa. Turmas diferentes. Ela uma menina. Eu um homem. Meninas nunca me atraíram. Nunca me chamaram a atenção. Sempre pensei que meninas mais novas eram chaves de cadeia. Mas ela passava por mim e seus olhos mergulhavam nos meus. Era algo assim muito rápido. Ela olhava e não sustentava o olhar. Diferente de mim. Sempre olhei firme e nunca desviei meus olhos. Ela passava e olhava e saia. Passava olhava e saia.
Sempre fui um homem discreto. Jamais dei chance para que pudesse levar um fora de alguma menina ou mulher. Nunca dei minha cara a tapa. Sempre busquei certezas antes de me arriscar. Com aquela menina não seria diferente. Uma coisa eu aprendi e não esqueço, mulher é algo imprevísivel. Quando você pensa que tem ela sobre seus domínios e ela que está te dominando.
Como sempre, não faria nada até ter a certeza. O que eu fazia, era me aproximar, cercar sem contato. Ela passava e olhava no fundo dos meus olhos. Não posso dizer que ela era uma mulher bonita. Deveria ter entre 19 e 20 anos. Não era uma mulher ainda. Uma menina crescida. Mas a maneira como ela me olhava me deixa nervoso e sem graça. Fui cercando, cercando até que um dia nos esbarramos no corredor. Foi inevitável o contato. Ela me olhou, sorriu e pediu desculpas. Disse que andava meio distraída. Eu me fiz de rogado e disse que a culpa era minha.
- Tenho visto você sempre sozinha, não tem amigos aqui na empresa?
- Ah sou nova aqui e ainda não me enturmei. Mas sempre te vejo sozinho também.
- Não sou de me enturmar. Gosto de ficar mais na minha. Olhar, observar...
- Hum... Entendi... Bem então não vou tomar seu tempo. Vou deixar você observar mais.
- Estou indo tomar um café! Você quer?
Ela aceitou prontamente.
Fomos caminhando e eu pude olhar cada vez mais para aquela menina. O rosto é angelical. Tinha a pele branca. Os cabelos eram bem cacheados e negros. Tinha os lábios bem torneados. Olhos envolventes...
- Quantos anos você tem?
- 25 anos.
- Mesmo? Parece tão menina. Pensei que tivesse uns dezenove anos.
- Não. Já fui noiva, engravidei, abortei... Tenho uma história já.
- Ninguém diz isso olhando pra você.
- Como dizem; as aparências enganam.
Assim começamos uma amizade. Almoçávamos juntos, café juntos, saíamos juntos. O que era simples, começou a ficar inevitável. Devagar foi-se criando a necessidade de estar e aquela que para mim era uma menina foi se transformando em uma mulher. Uma mulher madura e vivida. Vi isso em seus olhos e quis me enganar. O jogo de sedução foi ficando mais forte, fomos devagar nos envolvendo. Sabendo cada vez mais um do outro. Ela me fazia voltar a ser um garoto... Começou a se transformar em uma linda mulher...